sábado, 20 de agosto de 2011

Mutley e suas medalhas

Este sábado aconteceu um torneio no Clube Brilhante em Pelotas/RS. Torneio quase interno, com pessoal do Diamantinos e nós da SAC aqui de Rio Grande. O nome Torneio Contra Cronômetro me explicou algo mas não me disse quase nada. Acho que estou ficando por fora dessas coisas criativas, só sei que adorei!!

Funcionava da seguinte forma: todos os atletas recebem medalhas, ouro, prata ou bronze, mas isso depende do tempo que cada um fizesse na prova. Por exemplo, na categoria Mirim II (10 anos), o atleta que fizesse abaixo de 40'' levaria a medalha de ouro, aquele que fizesse entre 41'' e 45'' levaria a prata e acima de 46'' levaria o bronze. Se o primeiro lugar da prova não atinge o tempo de 40'' é logico que ele não recebe a medalha de ouro e acaba sendo forçado a treinar mais pra baixar seu tempo, ou seja, a disputa não seria com o coleguinha da raia ao lado, e sim contra seu próprio tempo.

O que gostei foi que dessa forma as crianças, desde já, criam uma guerra contra o relógio, tentam ser cada vez mais forte independente de quem está na raia ao lado, embora a competição com o outro sempre irá existir.

Crianças adoram medalhas, querem colecionar a todo custo aquele pedacinho de metal com fita. Tudo dentro da normalidade, com o tempo essa paixão por medalhas diminui e o que cresce é o numero de horas que acabam treinando, e a vontade de auto superação em cada competição. Aí então, a medalha a ser ganha tem outro gosto, outro significado.

Sou ex-nadadora, 22 anos de piscina. O que uma medalha no torneio de hoje vai significar? Sinceramente, não significa nada, mas por outro lado, sei que minha participação empolgou meus alunos. Meu ganho não foi contra-relógio, não foi a medalha, foi o que pude fazer por algumas crianças que estavam lá torcendo por mim. Meu ganho foi levar um pouco da minha experiência e acalmar essa gurizada que estava participando de sua primeira competição. Ganhei em alegria que o sorriso deles me trouxe. Minha medalha será esquecida dentro de um baú ou pendurada em algum lugar, capaz de olhar pra ela daqui algum tempo e nem lembrar onde a consegui. Mas certamente lembrarei de todos os detalhes do contra cronômetro que fui com a meninada da SAC em 20/ago/2011 (mesmo que me perguntem daqui uns 20 anos)



Joanna, Eu, Vitor, Julia e Petter
Agora rumo ao SULBRASILEIRO em PoA.



Um P.S. para os curiosos... kkkkk!!! Pra levar o ouro na minha categoria precisava fazer os 50 livre abaixo de 33". Fiz em 30"28. E não nadei com a touca das meninas super poderosas hihihih!!!




terça-feira, 9 de agosto de 2011

Bicicleteando por aí

Domingo foi dia de Zona Sul de Ciclismo, além de mais duas provas que eu poderia optar: Rústica da Fearg (10 km) e Aquathlon Raia Sul (1km natação 6km corrida). 
Acabei escolhendo o Zona Sul, etapa de Morro Redondo, pois havia perdido a primeira colocação no ranking por uma ausência da etapa anterior em Piratini. E, sem dúvida, das três modalidades que treino, a que preciso treinar mais é o ciclismo. E isso pesou na hora da escolha também. 
Aqui em RG como todos devem saber ou imaginar, o 'morro' mais alto que temos pra treinar é o Trevo de acesso a cidade. O resto é plano e com muito vento. Agora imaginem como é participar de uma etapa sem saber como é subir morros. 
Mais rápida que um UNO!!! kkkkkk
Desafio lançado e lá vou eu... A largada foi em uma descida. Aháááá!!! o primeiro problema: EU NÃO SEI DESCER!!! Estrada de asfalto crespo, cheio de buracos (alguns mal tapados, sem acabamento), sem acostamento e meu pensamento enquanto descia era: 'por que raios não peguei uma MTB?'. Trepidava tudo e eu morrendo de medo de entrar em um buraco daqueles e sair voando.

Por falar em voar... tínhamos na prova um participante especial. Uma pata acompanhava os pelotões que passavam, voando ao lado das bikes. Em alguns momentos parecia que pousaria em um capacete e seguiria de carona.

Primeira subida... e lá estava eu com todo gás, mas a subida não terminava nunca. Chegando no topo uma descida enoooorme. Já deu pra perceber o meu pânico? As subidas não me assustavam mais, era divertido e desafiante escalar sentindo as pernas ardendo. 

No retorno, descendo, com o asfalto ruim, acabei perdendo minha garrafa d'água. Saltou fora do suporte e estourou no chão. Então... fiquei sem água. Quando completei a primeira volta o Alimena me alcançou um copinho de água, que aliviou a sede do momento. 
Segunda volta e o pânico da descida tinha se transformado em medo apenas,  e nas subidas eu focava um alvo e ia atras pra buscá-lo (normalmente alguém que passava voando baixo por mim nas descidas). 

E assim foi a prova... cheguei bem, recuperei pontos importantes no ranking,  feliz e planejando treinos na serrinha de Canguçu pra melhorar a escalada e quem sabe conseguir descer com velocidade superior a 55 km/h (foi a máxima que consegui em morro rendondo). Que vergonha!! 
Acertando erros, melhorando os acertos... bóra treinar pra chegar junto com a gurizada. Me esperem que já chego.

Fotos e resultados podem ser acessados em http://zonasuldeciclismo.blogspot.com/