quarta-feira, 28 de setembro de 2011

PRIMAVERA ... TROUXE FLORES PRA VOCÊ! 'COLOCA TUDO N'ÁGUA'.

Primavera chegou... no dia em que estava indo para Porto Alegre, acompanhar 4 meninos em um torneio Sulbrasileiro de Natação Mirim/Petiz.
Piscina de 50m do Grêmio Náutico Gaúcho, levemente aquecida. Brrr... dava frio só de olhar (é.. tô ficando velha mesmo).

Paraná, Santa Cataria e Rio Grande do Sul dentro da piscina que já não parecia tão grande, aliás, parecia um grande formigueiro molhado.

Os meninos, três do Clube Brilhante de Pelotas e um da SAC de Rio Grande, participaram pela experiência de estarem envolvidos em uma competição de nível sulbrasileiro e sem dúvida, aprender o quanto temos que trabalhar pra conquistar o que sonhamos. Isso não só eles aprendem, eu como professora sei o quanto é difícil conseguir resultados no meio de tanta dificuldade, desde espaço físico, tempo, material, incentivo financeiro, etc.
O que pra algumas pessoas seria um balde de água fria, pra mim, não foi. Crianças super bem treinadas,  algumas com nados perfeitos com apenas 11 anos, clubes com investimentos milionários, equipes de natação bem estruturadas. E eu??? bom, bora lá com o que se tem né?! Força de vontade e crianças que gostam de nadar, embora as vezes elas fiquem um pouco aflitas olhando outros nadadores com seus trajes de super heróis e preocupadas no meio de tanta novidade.
Nessas horas, toda psicologia é pouco.

Primeira prova dos meninos, 100m livre. Ai, a piscina é enorme. Se dá medo na gente que é grande, faço ideia pra eles. Passado pelo primeiro desafio, pronto!! O resto é fácil!!! Tudo vira festa e o nervosismo vai lá pro dedão do pé. A colocação deles?? Não me importa! Anotei o tempo de cada prova, os erros, os acertos.Vale mais saber se curtiram estar lá competindo e se querem continuar batalhando do que o numerozinho ao lado do nome informando a colocação.

Já vi tantas crianças largarem tudo sem motivos. A gente fala.. ahhh esse com 15/16 anos... vai ser muito bom!! e o que acontece? Acabam enjoando da natação pelo excesso de treino, cobranças descabidas ou ainda por que acabam desanimando porque acham que nunca serão bons.

Criança tem que BRINCAR sim, mas JUNTO com as RESPONSABILIDADES de treino. Cada coisa no seu lugar e no seu tempo. Não é tudo só brincadeira e nem a seriedade de treinos desgastantes todos os dias. É assim que penso. É assim que vou agir até que me provem ao contrário.
Se meus atletas um dia serão nadadores olímpicos, eu não sei, mas certeza eu tenho que vão aprender coisas pra vida e não só o que devem fazer pra serem os melhores dentro dágua.

Bem, agora de volta... muita coisa pra por em ordem. A casa tá meio bagunçada. Os meus treinos ficaram um pouco de lado, as escritas também. Tem prof. querendo minhas orelhas.

Alexandre, Henrique, Vitor e Lucas... vocês foram nota 1000!
Foram três dias de competição, passamos por todos os climas possíveis (não, todos não, não nevou e também não teve chuva de granizo).

Com apenas esses 4 meninos, o Clube Brilhante conquistou a 6ª colocação no Torneio Sulbrasileiro de Natação, realizada pela CBDA e FGDA, com a participação de mais de 25 equipes dos Estados do RS, SC e PR. Acho que só isso já diz o que foi a participação deles no Grêmio Náutico Gaúcho no fim de semana passado (23 a 25 de setembro de 2011).

Tio Nico, obrigada pela oportunidade! Essas parcerias valem ouro!
Rio Grande e Pelotas juntos na Natação e no Triathlon. (tu vêêê... onde está a rivalidade dessas duas cidades?? kkkkk)





terça-feira, 6 de setembro de 2011

O TRI DE TRES

Fim de semana em Porto Alegre, muito sol e calor (ainda bem, pois só o que escutava era chuva chuva e chuva durante semanas).  Fomos (nós, a equipe IRONSUL) fazer uma provinha lá no Clube do Comércio, coisinha poca, um tri de velocidade, algo que seria bem rápido mas não indolor.

Prova composta por 3 baterias de 250m natação, 6km bike e 1,5km corrida, com 15 minutos de intervalo entre uma bateria e outra. Coisa linda pra quem gosta de sofrer.

Duas por raia, eramos quase só mulheres na minha bateria (havia um pessoal de revezamento em uma das raias). Primeira etapa e eu estava quase pedindo pra sair, bateu um nervosismo por não saber onde estaria me metendo.
Nadei, nadei e nadei, quando comecei a aquecer, acabaram as voltas e tinha que sair correndo. Aí comecei a ter noção do que era a encrenca. T1, calça os tênis porque o caminho é longo até a bike.
T1 da 3ª bateria

OK! mas onde está a bike? Passei por ela e nem a vi. Volta e confere a numeração... eu sabia que isso, um dia, iria acontecer, sou desligada e se não marcar o local com faixas e balões não vou encontrar.

Foi quando então peguei a bike e saí correndo que minhas lentes de contato tentaram chegar antes de mim na linha de chegada. Saltaram dos meus olhos, uma em direção ao chão, e outra consegui segurar na rédea curta, fechando o olho na exata hora do pulo. Quase caí da bike, não consegui encaixar meus pés na sapatilha, completamente atordoada. A lente direita consegui faze-la parar no lugar certo (fiquei com meia visão, kkkk). A esquerda a encontrei grudada na lente dos óculos (bendito óculos), ela que fique ai descansando então. Pedalei, pedalei até que consegui ultrapassar a Dani, que tinha passado por mim enquanto acontecia o caos da cegueira momentânea.

A falta que fazem os olhos!!! Por duas vezes diminui para tentar entrar na rua onde ficava a área de transição, só acertei na terceira. Cheguei pra fazer a T2 e olhei pra minha lente grudada no meus óculos. O que faço? Acho que nem pensei, puxei aquele trequinho esturricado e joguei pra dentro da minha boca. Corri os 1,5km segurando a lente no céu da boca com a língua, cuidando pra não engolir. Uma loucura de bom. Pior que ficar com a lente babada era ficar cega nas outras 2 baterias.

Passada a primeira bateria, o nervosismo foi embora. Segundo Round, repete tudo de novo, só esperava não repetir o salto em distancia de lentes. Esta segunda bateria foi tão tranquila que quando acabou eu já estava pronta pra terceira. Mergulha as pernas na água gelada e vamos cair de novo na piscina pra mais 250 metros.
Nunca gostei de nadar provas de 200 metros quando era nadadora, os anos passaram, os gostos mudam, mas continuo afirmando que detesto provas de 200 metros. Eita distância desgraçada!


pedaaaala caolha!!
Última bateria e os 250m já não rendiam como antes. Resolvi nem puxar, não ia me matar pra ganhar uns segundinhos que não me fariam tanta falta se corresse bem na transição depois. Já nem coloquei o tênis pra fazer a transição, mas cheguei lá me xingando "no meio do caminho tinha uma pedra (uma não, várias), muitas pedras no meio do caminho". Pra variar, a Dani sempre grudada em mim na T1.
Acho que foi o melhor pedal, pelo menos me senti muito bem. Até que encontrei um carro enviesado na pista. Antes que eu encontrasse a porta do carona e fosse dar uma volta, passei pra pista ao lado. Sorte que não vinha ninguém.
O carro era preto.... essa cor de carro em Porto Alegre vem assustando os ciclistas. kkkk! 
Depois disso, só uma corridinha na boa e fim! Se acabô!

O FAST não foi um bicho de 7 cabeças, foi de 3. Recebi muitos conselhos de como se portar no fast. Podem ter certeza que muitos deles eu apliquei e aprovei. Pena que o próximo só daqui um ano!
Aos amigos, obrigada pela torcida, é sempre muito bom ouvir um grito de incentivo!



As gurias do Tri

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Resultado do Fast Triathlon Raia Sul - 3ª etapa:  Clique aqui