terça-feira, 6 de setembro de 2011

O TRI DE TRES

Fim de semana em Porto Alegre, muito sol e calor (ainda bem, pois só o que escutava era chuva chuva e chuva durante semanas).  Fomos (nós, a equipe IRONSUL) fazer uma provinha lá no Clube do Comércio, coisinha poca, um tri de velocidade, algo que seria bem rápido mas não indolor.

Prova composta por 3 baterias de 250m natação, 6km bike e 1,5km corrida, com 15 minutos de intervalo entre uma bateria e outra. Coisa linda pra quem gosta de sofrer.

Duas por raia, eramos quase só mulheres na minha bateria (havia um pessoal de revezamento em uma das raias). Primeira etapa e eu estava quase pedindo pra sair, bateu um nervosismo por não saber onde estaria me metendo.
Nadei, nadei e nadei, quando comecei a aquecer, acabaram as voltas e tinha que sair correndo. Aí comecei a ter noção do que era a encrenca. T1, calça os tênis porque o caminho é longo até a bike.
T1 da 3ª bateria

OK! mas onde está a bike? Passei por ela e nem a vi. Volta e confere a numeração... eu sabia que isso, um dia, iria acontecer, sou desligada e se não marcar o local com faixas e balões não vou encontrar.

Foi quando então peguei a bike e saí correndo que minhas lentes de contato tentaram chegar antes de mim na linha de chegada. Saltaram dos meus olhos, uma em direção ao chão, e outra consegui segurar na rédea curta, fechando o olho na exata hora do pulo. Quase caí da bike, não consegui encaixar meus pés na sapatilha, completamente atordoada. A lente direita consegui faze-la parar no lugar certo (fiquei com meia visão, kkkk). A esquerda a encontrei grudada na lente dos óculos (bendito óculos), ela que fique ai descansando então. Pedalei, pedalei até que consegui ultrapassar a Dani, que tinha passado por mim enquanto acontecia o caos da cegueira momentânea.

A falta que fazem os olhos!!! Por duas vezes diminui para tentar entrar na rua onde ficava a área de transição, só acertei na terceira. Cheguei pra fazer a T2 e olhei pra minha lente grudada no meus óculos. O que faço? Acho que nem pensei, puxei aquele trequinho esturricado e joguei pra dentro da minha boca. Corri os 1,5km segurando a lente no céu da boca com a língua, cuidando pra não engolir. Uma loucura de bom. Pior que ficar com a lente babada era ficar cega nas outras 2 baterias.

Passada a primeira bateria, o nervosismo foi embora. Segundo Round, repete tudo de novo, só esperava não repetir o salto em distancia de lentes. Esta segunda bateria foi tão tranquila que quando acabou eu já estava pronta pra terceira. Mergulha as pernas na água gelada e vamos cair de novo na piscina pra mais 250 metros.
Nunca gostei de nadar provas de 200 metros quando era nadadora, os anos passaram, os gostos mudam, mas continuo afirmando que detesto provas de 200 metros. Eita distância desgraçada!


pedaaaala caolha!!
Última bateria e os 250m já não rendiam como antes. Resolvi nem puxar, não ia me matar pra ganhar uns segundinhos que não me fariam tanta falta se corresse bem na transição depois. Já nem coloquei o tênis pra fazer a transição, mas cheguei lá me xingando "no meio do caminho tinha uma pedra (uma não, várias), muitas pedras no meio do caminho". Pra variar, a Dani sempre grudada em mim na T1.
Acho que foi o melhor pedal, pelo menos me senti muito bem. Até que encontrei um carro enviesado na pista. Antes que eu encontrasse a porta do carona e fosse dar uma volta, passei pra pista ao lado. Sorte que não vinha ninguém.
O carro era preto.... essa cor de carro em Porto Alegre vem assustando os ciclistas. kkkk! 
Depois disso, só uma corridinha na boa e fim! Se acabô!

O FAST não foi um bicho de 7 cabeças, foi de 3. Recebi muitos conselhos de como se portar no fast. Podem ter certeza que muitos deles eu apliquei e aprovei. Pena que o próximo só daqui um ano!
Aos amigos, obrigada pela torcida, é sempre muito bom ouvir um grito de incentivo!



As gurias do Tri

Matéria no Jornal Agora: Clique aqui
Resultado do Fast Triathlon Raia Sul - 3ª etapa:  Clique aqui




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